3º Relatório de Transparência Salarial: Mulheres recebem 20,9% a menos que os homens

Data de publicação: 8 Abr 2025



Na tarde desta segunda-feira (7), foi realizada no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Brasília, a cerimônia de apresentação do 3º Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios. O evento teve como destaque os dados de 2024, que apontam um aumento na participação das mulheres no mercado de trabalho, mas, infelizmente, a persistência da desigualdade salarial entre gêneros.

O relatório, que detalha as informações enviadas pelas empresas ao MTE sobre igualdade salarial e critérios remuneratórios entre homens e mulheres, revela que as mulheres ainda recebem, em média, 20,9% a menos que os homens, mesmo quando desempenham funções de igual valor ou ocupam as mesmas posições. Esses dados estão alinhados com as exigências da Lei de Igualdade Salarial (Lei nº 14.611/2023), que visa garantir remuneração igual para trabalho de igual valor.

Durante a cerimônia, foi instalado também o Comitê Gestor do Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral, com a missão de acompanhar a implementação da Lei 14.611/2023. Além disso, foi lançado um guia com recomendações que auxiliem nas negociações coletivas para garantir a efetivação dessa legislação.

A ministra da Mulher, Cida Gonçalves, fez um pronunciamento impactante, ressaltando que a "igualdade de gênero e de raça é uma emergência", comparando a urgência da questão com a ação climática. Ela enfatizou que a desigualdade coloca as mulheres em uma condição de subordinação e submissão, o que muitas vezes leva a situações extremas, como a fome, o suicídio e o feminicídio, especialmente quando as mulheres não conseguem escapar de ambientes violentos.

A ministra destacou a importância da negociação coletiva, lembrando que os acordos feitos nessas mesas são fundamentais para avançar nas pautas de igualdade. "É na mesa de negociação que fazemos os melhores acordos. E se não forem os melhores, pelo menos não perdemos", afirmou.

A Secretária Nacional para Assuntos da Mulher da NCST/CNTI, Sonia Zerino, também participou da cerimônia, acompanhando de perto as discussões sobre a implementação das políticas de igualdade salarial no país.

O relatório e a cerimônia destacam a necessidade urgente de políticas eficazes que assegurem a igualdade de gênero no mercado de trabalho, tornando visível a luta das mulheres por seus direitos, e reforçam o compromisso contínuo da sociedade e das instituições em promover um ambiente mais justo e igualitário para todos.
 
A Construção de uma NOVA CENTRAL SINDICAL DE TRABALHADORES – NCST foi forjada na unidade, coragem e ousadia, capaz de propor uma alternativa de luta para os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. A NOVA CENTRAL SINDICAL DE TRABALHADORES marca um momento importante na história do Movimento Sindical Brasileiro, ela é a esperança transformada em realidade que se constitui como instrumento de luta e de unidade da classe trabalhadora do nosso País.

NEWSLETTER
RECEBA NOTÍCIAS POR EMAIL

Receba diariamente todas as notícias publicadas em nosso portal. Após cadastro, confirme sua inscrição clicando no link que chegará em sua caixa de entrada. Confira essa novidade!

Endereço: SAUS Quadra 04 Bloco A Salas 905 a 908 (Ed. Victória) - CEP:70070-938 - Brasília-DF | Telefone: (61) 3226-4000

Back to Top