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Manifestação de Apoio à Paralisação Nacional dos Entregadores de Aplicativos
Data de publicação: 30 Mar 2025
A luta desses trabalhadores por condições dignas de trabalho, remuneração justa e respeito aos seus direitos fundamentais é legítima, urgente e necessária diante do cenário de precarização, queda nos repasses das plataformas, aumento dos custos operacionais e práticas abusivas frequentemente denunciadas no setor.
As reivindicações apresentadas — como o reajuste da taxa mínima para R$ 10,00, o aumento do valor do quilômetro rodado para R$ 2,50, a limitação das rotas de bicicleta em até 3 km por entrega, e o pagamento integral da taxa por entrega — são medidas mínimas para garantir a sobrevivência e a dignidade desses profissionais que, todos os dias, correm risco de morte e movimentam a economia do país sob condições adversas.
A NCST também manifesta preocupação com denúncias recentes de práticas antissindicais promovidas por empresas do setor, como a oferta de bônus financeiros com o objetivo de enfraquecer a mobilização dos trabalhadores. Tais condutas ferem frontalmente o direito constitucional de organização coletiva e merecem ser apuradas com rigor pelas autoridades competentes, especialmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Diante das denúncias veiculadas por veículos de imprensa e entidades sindicais, como o Sindmoto/DF, Sindmoto/RJ e SindimotoSP, sobre a oferta de bônus de até R$ 800 por parte de plataformas para desmobilizar a greve, a NCST reforça sua posição contrária a qualquer prática que configure assédio moral coletivo ou tentativa de coação. Tais ações representam grave violação à liberdade sindical, e devem ser investigadas com urgência pelas autoridades competentes.
Reafirmamos que a organização coletiva e a mobilização são instrumentos fundamentais da classe trabalhadora e que nenhuma democracia se fortalece com o silêncio imposto pela coação ou pelo medo.
A Nova Central se coloca à disposição do movimento de entregadores, das entidades sindicais e do Ministério do Trabalho para colaborar com qualquer medida de mediação, fiscalização ou apoio institucional que fortaleça a luta por justiça social, valorização profissional e dignidade para todos os trabalhadores e trabalhadoras do país.
Brasília, 29 de março de 2025.
MOACYR ROBERTO TESCH AUERSVALD
Diretor Presidente