
NCST e centrais convocam luta pelo emprego, direitos, democracia e vida
Data de publicação: 1 Maio 2022
Em São Paulo, neste domingo (1°), após dois anos sem ato presencial no Dia do Trabalhador, as centrais sindicais realizaram um ato unificado em defesa do “Emprego, Direitos, Democracia e Vida”.
O presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores Trabalho (NCST), professor Oswaldo Augusto de Barros, foi representado pelo presidente da NCST/SP, Luiz Gonçalves (Luizinho), que pediu aos trabalhadores que tenham força para levantar o Brasil. “Nós temos o dever de eleger um novo projeto progressista para recuperar os nossos direitos e melhorar a nossa organização. Só com a nossa união, vamos conseguir defender a democracia e acabar com a carestia. O movimento pelo pleno emprego também precisa ser reforçado para que ocorra um basta com a exploração dos trabalhadores de aplicativos”, enfatizou Luizinho.
Ainda falaram em nome NCST: kátia Rodrigues (Katita), diretora suplente de Assuntos da Mulher; José Francisco Filho, diretor de Relações Institucionais; Márcio Pino, presidente da Federação Interestadual dos Policiais Civis (Feipol); Nailton Francisco de Souza (Nailton Porreta), diretor de Organização Sindical.

Katita, que também é dirigente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), reforçou a importância da criação de políticas públicas para as mulheres e para os trabalhadores da saúde. Já Nailton Porreta mencionou a relevância do voto consciente para mudar a história da classe trabalhadora. “O êxito desse 1° de Maio servirá como oxigênio para alimentar a chama do movimento sindical”, disse Porreta parafraseando uma fala de José Calixto Ramos, figura histórica da NCST e do sindicalismo nacional, que costumava afirmar que o "movimento sindical é uma chama que nunca se apaga".
Presidentes das centrais
No artigo alusivo ao 1° de Maio, publicado hoje na Folha de São Paulo, os presidentes das centrais definiram a celebração como momento histórico para construção de uma frente ampla. Segue trecho do documento:
“As ameaças são reais em nosso país. A fome, a pobreza e a miséria massacram a vida de milhões; o desemprego gera desespero e tira a esperança de uma vida melhor; a carestia arrocha os salários; a violência e o negacionismo no enfrentamento da pandemia de Covid-19 mataram centenas de milhares de brasileiros.
Neste 1º de Maio, convocamos os trabalhadores e as trabalhadoras a lutar pela superação das ameaças ao emprego, aos direitos, à democracia e à vida. Convidamos a sociedade a participar ativamente das mobilizações e manifestações para enfrentar os ataques e as ameaças e afirmar nossas propostas que estão na Pauta da Classe Trabalhadora, lançada recentemente na Conclat (Conferência da Classe Trabalhadora). A sociedade precisa estar atenta e não esquecer que, em regimes autoritários, os direitos são suprimidos, a liberdade cerceada e as desigualdades acirradas. Nossa unidade deve ser inquebrantável na defesa da democracia e da vida.
Nossa prioridade é ampliar a unidade e capacidade de fazer crescer a nossa força política para superar os ataques e ameaças. A participação de todos nessa luta é fundamental. ”
Renovação Política
Entre os políticos que compareceram ao evento, destaque para o ex-presidente Lula (PT), que será candidato à presidência da república, e discursou firmando o seu compromisso com a classe trabalhadora. “O salário Mínimo precisa ter aumento real. Porque o aumento na inflação reflete diretamente no carrinho de compras do mercado e na mesa do trabalhador. Por isso temos que travar uma luta para reduzir a inflação para que o povo possa comer e viver melhor nesse país”.

“Quem sabe o que o Brasil precisa é o povo desse país”, afirmou Lula sobre a retomada da abertura de diálogo com os trabalhadores.