O presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Moacyr Auersvald, e os demais presidentes das centrais sindicais (CUT, UGT, Força Sindical, CSB e CTB), como membros da comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participaram nesta terça-feira (19) da abertura da 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos.
O presidente Lula, que retornou ao encontro de líderes globais após 14 anos, foi o primeiro a falar. Sendo o presidente brasileiro que mais vezes discursou na ONU. Essa é sua oitava participação no encontro.
Em seu discurso, Lula deu ênfase ao combate às desigualdades sociais, mostrou preocupação com as mudanças climáticas, fez críticas a conflitos armados e organismos internacionais.
Lula, o presidente das causas sociais
"A fome, tema central da minha fala neste Parlamento Mundial 20 anos atrás, atinge hoje 735 milhões de seres humanos, que vão dormir esta noite sem saber se terão o que comer amanhã", declarou.
O presidente falou do combate às desigualdades, que foi o foco principal do discurso. Disse que falta "vontade política" para acabar com o problema no mundo.
"O destino de cada criança que nasce neste planeta parece traçado ainda no ventre de sua mãe. A parte do mundo em que vivem seus pais e a classe social à qual pertence sua família irão determinar se essa criança terá ou não oportunidades ao longo da vida", proferiu.
Mudanças climáticas
Segundo o presidente, "a emergência climática torna urgente uma correção de rumos e a implementação do que já foi acordado".
Lula mencionou o compromisso firmado no Acordo de Paris, de aporte de recursos no meio ambiente, o qual classificou como "uma promessa".
O presidente ainda defendeu o desenvolvimento sustentável e citou medidas tomadas pelo governo, como o Plano de Transformação Ecológica e a Cúpula de Belém, que reuniu países com parte da floresta amazônica em seus territórios
.
Extrema-direita e neoliberalismo
Lula afirmou que o "neoliberalismo agravou a desigualdade econômica e política que hoje assola as democracias". Nesse contexto, segundo o presidente, "surgem aventureiros de extrema-direita que negam a política e vendem soluções tão fáceis quanto equivocadas".
Multilateralismo e críticas a organismos internacionais
Sobre o tema Lula disse que “o princípio sobre o qual se assenta o multilateralismo – o da igualdade soberana entre as nações – vem sendo corroído”.
"Nas principais instâncias da governança global, negociações em que todos os países têm voz e voto perderam fôlego. Quando as instituições reproduzem as desigualdades, elas fazem parte do problema, e não da solução", afirmou.
Conflitos armados
Segundo o presidente, os conflitos armados "são uma afronta à racionalidade humana". Lula disse ser "perturbador ver que persistem antigas disputas não resolvidas e que surgem ou ganham vigor novas ameaças".
Sobre a guerra na Ucrânia, o presidente afirmou que o conflito "escancara" a incapacidade dos países que fazem parte da ONU de alcançar a paz.
Nova Central Presente
“A Nova Central está honrada por participar desse momento tão significativo para o Brasil, para democracia brasileira. Voltamos a fazer parte das decisões mundiais. Agora temos um estadista de verdade. Um presidente que se preocupa com o seu povo e com o mundo do qual faz parte”, enfatizou Moacyr Auersvald.
Encontro com Biden
Moacyr Auersvald e os demais presidentes das centrais se encontram amanhã (20) com o presidente Joe Biden para tratar de temas relacionados ao “trabalho decente” e o lançamento da iniciativa global sobre o tema.
Clique aqui e leia a íntegra do discurso do presidente (
https://www.ncst.org.br/images_news/files/pronunciamento%20do%20presidente%20Lula.docx )
.jpeg)
